Se você passa algum tempo nas redes sociais, provavelmente já deve ter lido algo sobre “setembro amarelo”, mas, como muita gente, pode estar se perguntando o que significa essa expressão.
Basicamente, este mês foi escolhido pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) e pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), no Brasil em 2015, para conscientizar as pessoas sobre o suicídio e suas formas de prevenção, através de campanhas que duram todo o mês, informando também que os casos são crescentes a cada ano, e geralmente tem seu início através de depressões e uso de drogas. Temos no mês, como meta, quebrar a barreira que temos sobre o assunto.
As primeiras atividades da campanha foram realizadas em Brasília, mas logo no ano seguinte, várias outras regiões aderiram ao movimento. Além disso, a Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio (IAPS) divulga mundialmente a causa no dia 10 de setembro (Dia Internacional da Prevenção ao Suicídio).
Com o objetivo de sensibilizar a população e profissionais da área, as ações de alerta aos sintomas do suicídio organizam caminhadas e iluminam de amarelo alguns locais pelo Brasil, como: o Cristo Redentor, o Congresso Nacional, a Catedral, entre outros.
A melhor forma de evitar o suicídio é através de diálogos e discussões sobre o assunto, por ser uma forma de quebrar tabus e tentar entender quem passa por essas situações, podendo ajudar essa pessoa a partir da identificação do problema, que infelizmente para muitos é um distúrbio de personalidade e fraqueza.
Outro objetivo da campanha é informar que o suicídio é uma questão de saúde pública, e que conscientizando a população, 9 entre 10 casos podem ser evitados.
DADOS:
Baseado nos dados das pesquisas da Organização Mundial de Saúde (OMS), em 2012, afirmamos que:
– 800mil pessoas tiram suas próprias vidas por ano;
– 75% em países de baixa e média renda;
– O suicídio é a segunda principal causa de morte no mundo, ocorrendo 1 a cada 40seg;
– A maior incidência gira em torno dos 15 aos 29 anos;
– 32 brasileiros cometem suicídio por dia (mais do que morrem de câncer ou aids);
A OMS conclui que, todos esses números poderiam ser evitados quase que 100%, com políticas eficazes de prevenção.
Para ajudar quem sofre ou buscar ajuda
O CVV é uma organização não governamental, fundada em 1 de março de 1962, que busca valorizar a vida e prevenir o suicídio, através de apoio emocional, voluntário, gratuito e com total sigilo de identidade.
As conversas podem ser feitas através de telefonemas, e-mails, chat online e via Skype. Mas o CVV conta com alguns postos físicos mapeados no site oficial, onde também está disponível alguns textos de ajuda para quem convive com alguém em depressão ou outros problemas que possa levar ao suicídio.
MITOS:
“As pessoas, que, ameaçam se matar, estão apenas querendo chamar a atenção”. Falso, pois a pessoa pode sim estar passando por um período difícil de sua vida e estar solicitando ajuda. Toda e qualquer ameaça a de suicídio deve ser levada a sério.
“O suicídio acontece sem aviso”. Falso. Apesar de muitos pensarem ser um ato impulsivo, isso nem sempre é verdade. Muitas pessoas pensam em suicídio constantemente. Além disso, muitos suicidas comunicam seu sofrimento diariamente a outras pessoas.
“O suicídio só acontece com os outros. ” Falso. O suicídio pode ocorrer com quaisquer pessoas que estejam em um alto grau de sofrimento. Aqui vale lembrar que o sofrimento independe de dinheiro, classe social, etc…
“Uma pessoa que tentou cometer suicídio uma vez, não voltará a tentar. ” Falso. Na verdade, as tentativas de suicídio são um indicador de que o suicídio pode realmente ocorrer.